Casamento Aberto ou Corno? A História que Ninguém Conta Sobre Traição, Chifres e a Ilusão da Posse

Publicado por: Feed News
01/07/2025 22:15:07
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Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Casamento Aberto, Corno ou Traição? Conceitos e Origens em Debate

 

A associação entre chifres e traição conjugal ainda intriga historiadores, mas algumas teorias permanecem relevantes décadas após este artigo ter sido escrito. Revisitei este texto, de Mike Nelson, dos anos 90 e, surpreendentemente, o comportamento humano pouco mudou. Vamos atualizá-lo?

 

Origens do Termo "Corno"

Teoria Brasileira (Domínio Territorial)
A analogia surgiria do comportamento dos bois: o macho dominante usa seus chifres para expulsar rivais e manter o controle sobre as fêmeas. O boi derrotado, sem território e sem vacas, seria comparado ao homem traído — daí o termo "chifrudo".

Versão Medieval Europeia (Honra e Vergonha)
Na Europa medieval, um homem traído era obrigado a lavar sua honra com sangue (matando a esposa e o amante). Se não o fizesse, era ridicularizado com uma peruca de touro e chifres. Curiosamente, enquanto as perucas caíram em desuso, crimes passionais ainda persistem, mostrando que alguns hábitos resistem aos séculos.

Mitologia Grega (Zeus, o Arquétipo do Infiel)
Zeus, o deus supremo, traía Hera frequentemente — inclusive disfarçado de touro. Seu comportamento estabeleceu um precedente mitológico: o poder (e a hipocrisia) andam de mãos dadas com a infidelidade.

Inversão Semântica
Originalmente, "chifrudo" designava o traidor, não o traído. Com o tempo, a cultura popular inverteu os papéis, e o termo passou a estigmatizar a vítima.

 

A Ilusão da Posse

Frases como "minha mulher" ou "meu marido" refletem uma fantasia perigosa: a ideia de que podemos ser donos de outra pessoa. Mas a verdade é nua e crua: ninguém pertence a ninguém. Quem insiste nessa ilusão colhe sofrimento, carência e apego — três cheiros que as mulheres (e hoje, também os homens) detectam facilmente.

 

Traição: Como Evitar Ser Corno?

Traição, no fundo, é a quebra de um acordo implícito ou explícito de exclusividade. Mas tentar controlar o outro é inútil:

  • Vigilância não previne traição — ela só a torna mais criativa.

  • A liberdade que permitiu o relacionamento é a mesma que o ameaça. Se sua parceira(o) trai, é porque pode e quer.

  • A traição começa na mente. Proibir comportamentos não elimina desejos.

 

Por Que as Mulheres (e Homens) Traem?

As justificativas clássicas continuam as mesmas:

  • "Você não me valoriza" (tradução: "alguém me fez sentir desejada").

  • "Preciso me sentir viva(o) de novo" (busca de validação externa).

  • "Foi sem querer" (mentira clássica; ninguém escorrega e cai dentro de alguém).

 

Homens, em geral, casam-se por comodidade (fuga da solidão ou da mãe); mulheres, pela promessa de felicidade. Ambos se frustram quando a realidade bate à porta.

 

Relação Aberta: Alternativa ou Ilusão?

Popularizado nos anos 70 pelo livro Casamento Aberto, o conceito propunha liberdade sexual dentro do casamento. Hoje, chama-se relacionamento não monogâmico e exige:

  1. Diálogo brutalmente honesto sobre limites e inseguranças.

  2. Ausência de posse — se há ciúme patológico, é melhor não tentar.

  3. Nunca usar a não monogamia como muleta para salvar um casamento em crise.

 

Observação: Swing e poliamor são variações, mas traição consentida ainda é traição se houver quebra de combinados.

 

O Corno Moderno: Tipologia Atualizada

  • Corno Digital: Descobre traição pelo histórico do Chrome. WhastApp, Facebook etc.

  • Corno Manso 2.0: Finge não ver os stories suspeitos da parceira.

  • Corno Justiceiro: Expõe a traição no Twitter e vira meme.

  • Corno Zen: Aceita o chifre como parte do ciclo da vida.

 

Regionalismos (Atualizado para 2023)

  • Paulista: Contrata um coach de relacionamentos.

  • Carioca: Convida o Ricardão para um churrasco e vira trio.

  • Mineiro: Mata o amante, perdoa a esposa e vira tema de novela.

  • Gaúcho: Organiza um churrasco com os amigos para decidir o destino da traidora.

  • Nordestino: Faz um repente sobre a dor do chifre e viraliza no TikTok.

 

Conclusão: Será o Fim do Corno Tradicional?

Com apps de relacionamento e redes sociais, a traição ficou mais fácil — mas também mais exposta. A questão central permanece: relacionamentos exigem acordos claros. Seja monogâmico ou não, o que importa é honestidade.

 

E lembre-se: na era do ghosting e dos situationships, ser corno quase virou um status social. Pelo menos você sabe que ainda tem alguém.

(Adaptado do original dos anos 90 por Mike Nelson, agora menos machista e mais irônico.)

Ronny Santos

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